24 Diferenças entre Amadores e Profissionais de Desenvolvimento de Games

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Em novo artigo no Fábrica, vamos entender melhor como você pode ser um profissional dos games e aos poucos ir abandonando o amadorismo. Afinal, todos começam dessa forma, mas, conforme a demanda e atuação você precisa se profissionalizar.

Nada contra quem pensa em projetos de game como passatempo ou hobby, mas se o objetivo do projeto é gerar receita e sustentabilidade financeira, você deve pensar de forma profissional e agir como tal

OK, você já decidiu ser um profissional de games: Está finalizando sua faculdade (ou até já está trabalhando na área), já se sente confortável com suas habilidades técnicas, já pesquisou um pouco sobre o mercado de games e as oportunidades profissionais que ele oferece, e já tem na cabeça ideias para um jogo super inovador que ninguém nunca pensou antes.

Além disso, já sabe qual plataforma e ferramentas vai usar para desenvolver seu jogo, já pensou no time, já rascunhou até um cronograma de produção e um plano financeiro e já pensou em como aproveitar o tempo entre os estudos e o trabalho. Ótimo! Eu diria que você já tem 5% do que precisa para seu negócio ter sucesso. Só 5%? Sim, e olhe lá! Para um profissional de games, ter à disposição conhecimento técnico, recursos e boas idéias são fundamentais sim, mas não valem nada e serão inúteis se você não tiver o ingrediente secreto para ser um empreendedor de sucesso e fazer com que todos os elementos acima sejam aproveitados: a ATITUDE de um profissional!

O segredo para ser um profissional de games e não um amador é ter atitudes de profissional. Isso pode parecer meio banal ou conversa para boi dormir mas é a pura verdade. As atitudes de um bom profissional é que ditam o espírito do negócio, que motivam os colegas de trabalho, que conquistam a confiança de parceiros de negócio e clientes. Vamos combinar: se estamos falando de negócios, estamos falando em ser profissionais e não amadores.

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Infelizmente não existe cartilha com uma lista de atitudes ou “regras de etiqueta” para se tornar um bom profissional de games, (até têm umas boas dicas) , mas muitas vezes o bom senso é o mais indicado para todas situações. Mesmo assim, listo abaixo algumas comparações entre atitudes de um amador e de um profissional em diferentes aspectos:

AMADOR:

1) Se inspira numa ideia para um jogo que teve durante um sonho;

2) Cria o jogo, independente de haver mercado para ele;

3) Lança o produto e seja o que Deus quiser;

4) Promove o jogo esporadicamente até se cansar de “fazer marketing”;

5) Vive fazendo perguntas desmotivadoras como “Por que minhas vendas estão uma m****?”

6) Só se aproxima e troca informações com outros que também estão performando mal para poder se confortar do fato de que não é o único que está indo mal;

7) Foca no aperfeiçoamento de disciplinas que gosta mais, por exemplo em design ou programação, em detrimento de áreas que teriam uma aplicação mais importante no momento, por exemplo marketing e planejamento;

8) Busca conhecimento esporádico através de uma ou duas fontes como livros e artigos ao invés de ir a seminários ou vídeo-aulas, por exemplo;

9) Guarda o melhor que tem em termos de conhecimento para si mesmo, como um tesouro, ao invés de compartilhar a informação e melhorar o nível da equipe;

10) Foca em gerar receita e fazer com que os jogadores gastem mais;

11) Enxerga os problemas como obstáculos;

12) Persiste em ter dúvidas quanto ao sucesso: “Será que vai dar certo?”.

PROFISSIONAL:

1) Primeiro faz uma pesquisa básica para determinar as melhores oportunidades para novos jogos;

2) Desenha um jogo que lhe inspira e que atenda às oportunidades de mercado identificadas;

3) Cria o jogo com base nos sistemas de venda e no plano de marketing que serão aplicados;

4) Promove o jogo sistematicamente seguindo o plano de marketing pré-estabelecido;

5) Faz perguntas desafiadoras como “Como posso aumentar minha receita em 20% ou mais?”

6) Se aproxima, estuda e aprende com aqueles que estão tendo bons resultados;

7) Faz uma análise pessoal de suas fraquezas e investe em aperfeiçoamento nessas áreas;

8) Identifica múltiplas fontes de conhecimento (cursos especializados, mentoria, associações, novas publicações e seminários, etc.);

9) Compartilha insights e conhecimento com a equipe e com outros. Pratica a arte de ensinar;

10) Foco em atender às necessidades e expectativas dos jogadores e criar valor agregado;

11) Enxerga os problemas como oportunidades;

12) Persiste na confiança e pensamento positivo: “O sucesso é inevitável!”.

Como você pode observar, as atitudes que diferem amadores de profissionais se apresentam num contexto mais psicológico e de desenvolvimento pessoal que nada tem a ver com capacidade técnica e disponibilidade de recursos materiais. É o pensamento transformado em ações que representam aqueles 95% do caminho que lhe faltam para atingir o sucesso.


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Escola Brasileira de Games (EBG) é uma plataforma de ensino, treinamento e aperfeiçoamento de conhecimento nas áreas de gestão empresarial da indústria de jogos, aplicativos mobile e negócios digitais.

André Avelino

Coordenador Geral na Escola Brasileira de Games. Minha missão é oferecer um ponto de vista profissional e compartilhar conhecimentos sobre o ambiente de negócios do mercado de games, mobile e negócios digitais.

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