7 Habilidades Necessárias ao Game Design (Projeto de Jogos)

Projeto de Jogos (Game Design) contribui para que o seu jogo tenha uma experiência interessante e atraente ao jogador. Mas o que preciso como game designer para conseguir saber fazer o projeto? Quais habilidades?

Com base no Paul Schuytema, trago aqui algumas habilidades que considero necessárias ao projetista de jogos iniciante. São sete e vale a pena explorar cada uma delas.

1. Escrever o Projeto de Jogos

O projetista de jogos vai ter que lidar tanto com a escrita técnica quanto com a criativa. A primeira modalidade será útil para descrever como será esse jogo. Afinal, como você vai ser claro à sua equipe para descrever como quer aquele personagem ou aquela fase ou power up? Você precisa saber descrever textualmente e/ou visualmente ou na prática com protótipos. Ser claro na comunicação é fundamental.

Já o último, a escrita criativa, é necessária para criar enredos e todo o universo do jogo. Jogos é uma área criativa e irá precisar de uma escrita que explore este lado também.

2. Ouvir a todos

Ouvir aqui está relacionado a ouvir a equipe, ouvir o investidor, ouvir o cliente… Enfim, ouvir a todos os interessados em que o seu projeto de jogo dê certo.

Parece bobo, mas muito game designer falha aí. Só ouve suas ideias ou finge que ouve as pessoas. E a maior parte das vezes é pura arrogância. Seja humilde e entenda que você pode ser o responsável pelo projeto, mas jogo é um trabalho conjunto. Se tudo der errado, o barco afunda para todos, inclusive você.

3. Ser Líder de Torcida

Aqui é importante a motivação interna do game designer, apoiar a equipe, torcer em cada conquista, elogiar e saber fazer críticas. Pois o projeto do game designer só vai dar certo se o jogo também for um sucesso. E isso passa por uma equipe também de sucesso e motivada.

Também ele vai dar o direcionamento correto para que todos caminhem na mesma direção.

4. Criar e Ser Responsável pelas Ideias do Jogo

Criar ideias que contribuam para o produto jogo, fomentar isso dentro da equipe com técnicas e processo criativos e ser responsável pela ideia que será inserida no jogo. Até porque dar ideia é fácil, mas agora julgar se ela é boa ao jogo, ser crítico e conseguir coletar isso da equipe são outros quinhentos.

Como lidamos com criatividade ao fazer um jogo, na hora de conceber o projeto é essencial termos o game designer para ajudar no fomento delas.

Inclusive essas técnicas criativas e processo cito bastante no meu curso sobre game design no módulo de ideias. É um problema recorrente no iniciante como fazer isso.

5. Visualizar Como Será o Jogo

Saber que experiência deseja ao jogador, quem é este jogador, como você vê o jogo pronto são essenciais ao game designer. Sem visão, qualquer sugestão ou ideia serve. Sem visão, o jogo fica interminável, inserindo novos recursos sem parar. O jogo nunca estará bom o suficiente. E vai por mim… sempre faltará algo.

Então estabelecer uma visão é importante para isso, mas também para todos terem um horizonte do que esperamos do nosso jogo ao terminá-lo.

6. Criar Protótipos para Validar o Projeto de Jogos

Papel aceita tudo. Preencher um planejamento cheio de fases, itens e ideias para o seu jogo é fácil. Agora, isto é viável dentro do tempo e orçamento? Vai dar tempo de fazer tudo? Essas ideias são boas ao meu jogo? Só vai descobrir se testar e isso se faz com protótipos (versões próximas do real).

Hoje com a infinidade de game engines (motores de jogos), muitos inclusive que não necessitam de programação, esse trabalho ficou mais rápido ao game designer. Unity, Construct 3, Unreal, Game Maker e outros são apenas alguns que podem transformar a ideia em protótipo rapidamente ou possuem plugins para fazer sem programação de texto. Aos poucos, chega-se na prática naquela experiência que se deseja ao nosso jogador.

Também se pode usar prototipagem de papel para alguns casos. O importante não é o modo de se fazer, mas ter uma forma de validar se a sua ideia é boa na prática.

7. Criar Scripts da História

Scripts aqui se referem a roteiro de game ou produção narrativa para jogos.

Vamos precisar criar histórias para os nossos jogos ou ao menos uma temática para dar um contexto melhor ao jogo.

Para isso, é essencial ao game designer conhecer como as narrativas são criadas, qual o processo de criação de narrativas interativas para estruturar melhor tudo isso. Sejam grandes ou pequenas.

Esta é a visão do Paul Schuytema sobre o assunto. Quais as suas habilidades que considera importantes ao projeto de jogos? Como você está em cada uma delas? Vamos trocar uma ideia? 😉

Fabiano Naspolini de Oliveira

Meu nome é Fabiano Naspolini de Oliveira e atuo na área de jogos desde 2006, quando comecei estes estudos na faculdade. Sou de Araranguá – Santa Catarina. Sou formado em Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Especialista em Game Design e Docência para Educação Profissional, Mestre em Tecnologias da Informação e Comunicação e Pós-graduado em Gestão Estratégica de Marketing. Já tenho mais de 15 jogos no meu portfólio, tanto educativos, advergames quanto de entretenimento, feitos para jogadores e empresas. Toda essa experiência veio dos meus estudos, experimentos sozinho e, no passado, tive um estúdio de jogos chamado “Céu Games”. Atendi clientes com jogos customizados de acordo com a necessidade deles e ganhamos o Prêmio Mobile Fest de Aplicativos Móveis da Claro em Primeiro Lugar com o game Sperm Race. Também trabalhei como redator do site Nintendo Blast, cuja experiência me ajudou a analisar jogos dos mais diversos do mercado. Publiquei em 2021 meu primeiro jogo no Steam: o Born Race. Hoje sou game designer, professor, escritor de ficção e cuido do site Fábrica de Jogos, portal sobre desenvolvimento de jogos com canal no Youtube voltado a game designers. Meu foco está na educação dos desenvolvedores de jogos e, principalmente, game designers iniciantes.

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